quinta-feira, 30 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Cartas
Adoro cartas. Adoro receber cartas pelo correio, de lugares longínquos. Adoro os postais, também. Gosto de abrir a caixinha lá em baixo do prédio, na expectativa e, para além das contas e novidades no condomínio, encontrar o meu nome endereçado. Até encomendas do eBay me sabem bem, porque chegam quando menos se espera, está-se na ânsia durante 10, 15 dias e um dia tocam à campaínha, porque tenho uma encomenda. Esta coisa das cartas não deveria nunca passar de moda, oiçam o que vos digo.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Business planning
Oxalá eu fosse menos básica.
Facilitar melhorar o mundo.
Não existe melhor legado que eu possa deixar de momento.
Mas oxalá eu conseguisse fazê-lo como me é pedido.
Oxalá.
Oxalá eu fosse capaz de ser mesmo inovadora, ser mesmo out-of-the-box.
Oxalá eu fosse.
É que é possível não ser só $, nem revenues e costs!!
É possível ser mais que isso! Parece impossível,mas não!
O fundamento é tão mais bonito...
E existe e eu tenho-o nas mãos!
Vamos mudar o mundo.
Facilitar melhorar o mundo.
Não existe melhor legado que eu possa deixar de momento.
Mas oxalá eu conseguisse fazê-lo como me é pedido.
Oxalá.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A estrada
E ela disse:
"Os sonhos têm-se encadeado numa espiral indisposta, misturados com o cão que nunca vou ter, contigo a mandares-me embora e eu a querer-te muito e não sei se te quero mesmo ou se é só de conversar sobre ti, mas penso e sonho e tenho sonhado sempre e não sei, não sei."
E ele riu-se, pôs a chupeta na criança e atravessou a estrada.
Com a mão estendida para ela, que se sentiu nos seus plenos 5 anos e o seguiu tímida, de olhos no chão, mas com um sorriso que lhe transpunha o ser.
E ele riu-se, pôs a chupeta na criança e atravessou a estrada.
Com a mão estendida para ela, que se sentiu nos seus plenos 5 anos e o seguiu tímida, de olhos no chão, mas com um sorriso que lhe transpunha o ser.
Sorte
Há uns tempos questionava-me se era sorte ter sorte. Ou se nós conquistamos a sorte, ou se ela nos escolhe aleatoriamente, ou se é justo ou injusto. Hoje apareceu-me isto.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Storage room
Tenho muitas memórias. E às vezes é uma chatice, porque surgem coisas tipo pop-up e eu só quero que fiquem lá na gaveta de baixo sossegadas. O problema é quando quero ir buscar umas caixas lá atrás e depois caem outras e abrem-se e revelam-se e depois eu falo demais e é tudo um disparate. Ainda que não faça mal nenhum, porque se estão guardadas, boas ou más, são boas. E são minhas e dos outros. Mas minhas primeiro, com as minhas etiquetas e as minhas regras de arrumação.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
E depois?
E depois?
Depois ela berrou, esperneou, partiu a mesa. E ele agarrou-a, acalmou-a e fê-la chorar.
E depois as entranhas sucumbiram e saíram e juntaram-se ao carvão dos passeios, tão pesadas como os comboios que te pisam mesmo só na pontinha, ali na pontinha dos pés. E ela ficou sem ar. E foi a respiração boca a boca, os lábios dele a aproximarem-se, carnudos, húmidos para não a assustarem, cada vez mais próximos e ela que esperneava porque queria respirar com ele longe dali, que ele tira-lhe o ar, e ele aproximava-se, e ela afastava-o, e sacudia os braços, os olhos, os pêlos alourados dos braços, e os olhos dela fecharam-se, aliás, ela fechou-os como que para não ver e ele respirou. E ela engasgou-se. E respirou também. E ficou tudo azul, as pálpebras, as pontas dos dedos, roxo, parecia que ia rebentar, que o coração ia explodir, mas devagarinho, devagarinho... devagarinho adormeceu e não se sabe por quanto tempo, porque nunca mais acorda, a preguiçosa, não quer lutar pela vida e ele continua ali, já sem folgo para lhe dar ar, mas ali à espera que ela deixe de ser parva e se levante porque já são horas e já se está a fazer tarde e o táxi não espera.
Depois ela berrou, esperneou, partiu a mesa. E ele agarrou-a, acalmou-a e fê-la chorar.
E depois as entranhas sucumbiram e saíram e juntaram-se ao carvão dos passeios, tão pesadas como os comboios que te pisam mesmo só na pontinha, ali na pontinha dos pés. E ela ficou sem ar. E foi a respiração boca a boca, os lábios dele a aproximarem-se, carnudos, húmidos para não a assustarem, cada vez mais próximos e ela que esperneava porque queria respirar com ele longe dali, que ele tira-lhe o ar, e ele aproximava-se, e ela afastava-o, e sacudia os braços, os olhos, os pêlos alourados dos braços, e os olhos dela fecharam-se, aliás, ela fechou-os como que para não ver e ele respirou. E ela engasgou-se. E respirou também. E ficou tudo azul, as pálpebras, as pontas dos dedos, roxo, parecia que ia rebentar, que o coração ia explodir, mas devagarinho, devagarinho... devagarinho adormeceu e não se sabe por quanto tempo, porque nunca mais acorda, a preguiçosa, não quer lutar pela vida e ele continua ali, já sem folgo para lhe dar ar, mas ali à espera que ela deixe de ser parva e se levante porque já são horas e já se está a fazer tarde e o táxi não espera.
Subscrever:
Mensagens (Atom)