A sinfonia da espiral de quem fui, há tantos anos, de quem sou, aos bocadinhos, de quem não deixei ir, que ficou, para uma segunda vida. A torção do tempo e do espaço, que se revela em insónias, em viagens no tempo, em papéis fora de série, em questões que serão eternamente por responder. Escolhas, decisões pouco faladas, assumidas, aceites no turbilhão de questionar o valor de cada um. E onde cada um encaixa. Que viagem no espectro do impossível, da outra vida, do que já não existe. Mas existe em cada célula, em cada conquista, em cada trauma por superar. Em cada milímetro de quem sou hoje. O que me deu para entrar nesta nave, para me cansar, para descobrir palavras e emoções de outrora? Quem fui que já não sou. Mas que não deixo de ser e de deixar ir. Veio o sono, perdeu-se o presente, viraram-se costas. E amanhã é um novo dia. É sempre um novo dia. Em que se arrumam todos esses ses e se segue com as certezas do agora. Certas e convictas.
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