domingo, 23 de outubro de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Turnaround

É preciso saber tratar de nós mesmos. Temos direito ao luto, temos direito ao isolamento, à frustração. Somos nós que decidimos quanto tempo passamos tristes ou quando já chega. Quando já não é preciso mais. Independentemente do valor e do sentido do que nos pôs assim, temos de cuidar de nós próprios. No fundo, sabemos melhor que ninguém o que nos faz bem, o que nos vira ao mundo ao contrário e nos enche de energia, o que nos traz de novo sentido. Eu sou um bicho social. E conhecer pessoas, relacionar-me com elas, ouvir, rir, beber um copo, partilhar, faz-me sentir feliz, genuinamente. Travar relacionamentos novos ou antigos, adormecer tarde porque passei um dia diferente, ter sono porque não descanso o suficiente, ter planos impensáveis. Isso faz-me adormecer a sorrir, por muito surreais que sejam as circunstâncias. Enche-me o coração e não preciso de mais nada. E traz a vontade de me explorar, agora que estou aparentemente renovada, às vezes exacerbadamente. Entro num novo equilíbrio, cheio de novos desafios e preparada para as novas descobertas. Volto a viver, portanto.

É que sabes quando acordas de manhã e de repente a dor de garganta passou?
Hoje não foi a garganta.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Porque 4ª feira é feriado

Hoje, que é segunda-feira, é segunda-feira.
Amanhã é terça, mas é sexta.
Quarta-feira é sábado de manhã e à noite é domingo.
Quinta é segunda-feira outra vez.
E sexta é a verdadeira sexta-feira.

domingo, 2 de outubro de 2011

Trabalhar

Gosto de ir trabalhar. Gosto de acordar de manhã, mesmo que ensonada e com a minha cama a chamar por mim, e ir trabalhar. Ir de encontro às pessoas com quem passo quase 10 horas dos meus dias, rir-me com elas, batalhar em conjunto, crescer ali. Gosto de ir trabalhar, essencialmente quando tenho que fazer nas 8 horas mínimas em que me querem lá. Gosto até quando fico até mais tarde, já de computador desligado, em conversas de fim de tarde, em brincadeiras, em relações que se vão desenrolando, que foram crescendo nestes últimos 10 meses de vida.

Gosto de ir trabalhar, porque me motiva, porque aprendo, porque dá sentido aos meus dias. Porque me afasta de alguns fantasmas, porque não me dá tempo para me perder - ainda que me deixe pouco tempo para me encontrar. Gosto do trabalho, do meu trabalho, daquelas pessoas que tornam os meus dias com sentido, com quem partilho frustrações, gargalhadas e cada um dos minutos em conjunto, com verdadeiro prazer.

Gosto tanto, ao ponto de ficar triste só de imaginar que, provavelmente, em breve, deixará de ser para ali que vou todas as manhãs; enfrentando o trânsito, a rotina, mas a usar o meu cartão para abrir a porta sempre com um sorriso por mais um dia daquela vida.

Tenho sorte.