terça-feira, 28 de outubro de 2014

E-mails.

Os e-mails tornaram-se em mensagens instantâneas, trocamos emails como quem troca uma mensagem ou um Whatsapp mais comprido. São rápidos, grátis e fáceis de escrever e enviar. Por isso esperamos respostas instantâneas também. Esperamos que quando pomos tudo de nós num e-mail cheio de motivação, vontade, crença e adrenalina, nos devolvam o e-mail com a mesma rapidez e emoção. Fazemos refresh, fechamos o e-mail e abrimos passados 10 minutos, para fingir ao universo que não estamos à espera de nada e que por isso nos pode fazer receber tão ansiadas palavras. Nada resulta. Há que esperar, como uma carta que demorava a chegar no antigamente...

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sobre o amor.

O amor demora. Tarda. Vai e vem. E não é fácil, nem garantido. Há dias em que se mostra, outros em que é tímido atrás das nuvens de Primavera. Outros dias foge da rotina e escapa-se, porque não é isso que quer.

O amor dá trabalho. Requer luta, investimento, dedicação e carinho. Não gosta de ser deixado estar durante muito tempo, quer ser agitado, provocado. Porque senão aborrece-se e vai-se embora.

Antes disso há que reagir. Há que saber quando se tem de parar de barafustar, quando se tem de decidir se é para lutar ou não. E na verdade só é preciso parar, analisar, baixar defesas. Chorar se for preciso. Mas com determinação optar pela luta, pelo que agita, pela conquista de mais um milímetro a cada dia. Até que o amor se deixa confiar e volta sem dúvidas. Afinal de contas, é isso que queremos, é por isso que lutamos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Gosto de vocês.

Gostava de poder dizer a todos os meus amigos, ou já não tão amigos, o quanto continuo a gostar deles. O quanto me preocupo que estejam felizes de verdade. Por isso lhes pergunto como estão, por isso lhes digo que os verei em breve. Por isso entro em conversas que soam estranhas por vezes, mas é que as relações muitas vezes não deixam que diga claramente que me preocupo, que quero do fundo do coração que sejam todos muito felizes. Por isso tenho vontade de me sentar durante horas, com aquela calma que já não existe, e saber deles, reconhecê-los por dentro. É que podem ter-me feito mal ou bem, mas guardo-os num canto especial, porque em tempos me fizeram muito feliz. E hoje sorrio por tudo isso.

Por vezes lamento termos de ter filtros. É que só quero mesmo fazer de tudo para que estejam bem, sem medos. Posso não saber já muito das suas vidas, não fazer grande parte delas. Mas quero que estejam sinceramente felizes. Porque gosto muito de vocês, porque vos tenho muito carinho.

sábado, 9 de agosto de 2014

Gràcia, I love you!


O momento chegou em que te escrevo a ti, meu bairro novo que me adoptou. Desconfiei-te, não nos demos confiança, julguei-te sempre minha preferida, mas não te tinha no coração. A culpa, eu sei, foi minha. Não só. Mas durante uns tempos não deixaste que não me sentisse sozinha, o carinho por ti foi pouco. Apenas estavas. Estavas sempre, sem carinho demonstrado. Saltando de casas, desvendei as tuas ruas, as que mais gosto, as que me trazem vida e me fazem querer passear em ti. Fui-te descobrindo, o encanto teu que sempre soube que tiveras. Hoje é diferente. Hoje, hoje mesmo, és a Barcelona que quero, nas tuas ruas e nas varandas vistas do meu quarto é onde quero passar o meu fim-de-semana. És bairro, finalmente. Aquele aconchego de quem chega, da loja a dois passos, de quem pertence. Hoje, hoje mesmo, quero tirar-te fotografias, recordar-te e guardar-te. Porque hoje mesmo sei que estás, como vizinhas do mesmo chão que é o teu, que leva os meus passos, que olham em redor. Hoje, hoje mesmo, apeteceu-me escrever-te. Para mim és a cidade onde vivo, és tu a minha Barcelona, és tu a Gràcia e a graça. És tu o fácil, o que ficará com sentido. Hoje, hoje mesmo escrevo-te com vontade.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Fazer parte

A vida corre bem.

Diz-se que demoramos 3 meses até nos sentirmos em casa numa nova casa, num novo trabalho ou num novo país. Ao longo da minha vida, já quebrei esse dito várias vezes, mas para Barcelona provou ter o seu quê de verdade.

Acordo de manhã contente para o trabalho onde vou; chego a casa estafada, mas continuo a ver os e-mails porque sinto o projecto como meu e quero dar o melhor que possa. O meu esforço, o meu trabalho e a minha dedicação são reconhecidos, a motivação cresce mais ainda por isso.

A casa onde chego ao final do dia será outra a partir de hoje. Esta sabe a casa, mesmo que a conheça só há pouco mais de 48 horas e que seja oficialmente minha há pouco mais de 12. Nesta o sofá já me acolheu bem, o fresquinho e as janelas dão uma literal lufada de ar fresco e as pessoas já me contam um pouco das suas histórias nos poucos minutos que partilhámos.

As ruas já são minhas, a língua também. As praças, aqueles finais de tarde tão bons... Os bares preferidos, aqueles onde levamos as visitas e que nos fazem sair de lá sempre contentes e seguros que são os preferidos mesmo.

As visitas que aparecem de vez em quando e dão um novo cheiro, que me põem a justificar a minha vinda, porque agora gosto e já me sinto mais em casa. E por vezes dou por mim a perceber que gosto mais do que o meu cepticismo geralmente me deixa sentir.

Os amigos, pouco mas bons. Que cuidam de mim e que me escolhem a mim para cuidar deles. Que partilham pipocas, guacamoles e filmes de domingo à tarde. Ou brunches, concertos e mercadinhos.
E o coração que está cheio. E calmo. E feliz.

Sim, a vida corre bem! Já passaram os 3 meses (e mais uns dois e meio) e a fase de habituação já passou. Já faço parte disto.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Quoting.

A Letter To My Future Wife

Hi, love.

I don’t want to alarm you, but Pinterest is probably ruining our lives. It is raising our expectations and making us less content in general.
(...)
None of this stuff is real. We’re trying to achieve make-believe. It’s akin to aspiring to buy a flying umbrella like in Mary Poppins. Though, I think we both can agree, that would be pretty dope.
No one seems content enough anymore. Even those who try to tell us they are SO HAPPY, really seem to be working hard to convince us.

Or to convince someone else.

I don’t know when it happened, but being comfortable has somehow become a bad thing.

People will tell you now that you should be pushing always. ALWAYS. They tell you that you should be trying to add extra hours to your day.

I disagree.

(Continua aqui.)

Alma para troca

É o tempo que se mede de formas diferentes. Que parece que corre, sem restar tempo para dar valor, para parar e sentar. Para falar até não haver mais voz na alma. Os telemóveis interrompem a partilha a cada 3 minutos e as conversas passam mais pelo que se viu no Youtube e na vida alheia do Facebook do que sobre o que nos assombra e motiva. Assim é mais fácil sermos sociais. Assim é mais fácil termos uma voz. Que não fala de nós, mas dos outros e do nada. Agora não há ideias, isso é para os loucos. Agora não há tempo para compor, para escrever, para criar. Porque o pouco que há se gasta em estar a par e a passar a gostar do que dizem ser moda. Agora é raro quando nos dizem que algo se passa, quando abrem o coração. Quando não fingem que são pessoas perfeitas com a vida ideal. Porque é só essa farsa que é fácil de partilhar. Não há parte fraca. E então surge toda a nostalgia. Dos outros tempos em que se passavam horas num café sem planos, só a falar. A vida era ali, vivida olhos nos olhos, nos planos que surgiam depois de mais um guardanapo dobrado aos bocadinhos. Surge a saudade de quando se podia dizer que o coração doía e não nos julgavam fracos, mas davam-nos um abraço. Quando as pessoas se tocavam, física e emocionalmente. Anda tudo com pressa. E ninguém dá a alma para troca.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Blood and Bones

never wear the same suit twice when people come to see you play 
always mind your hair and mind your manners put your words away 
you can’t always tell when somebody is taking a picture so just look
good 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

random lost thoughts of a grey morning

(Daqui.)

Está cinzento lá fora e o Verão tem tardado a chegar. Ainda sim, os dias já se sentem mais compridos, há dias em que o jantar acontece à luz do sol e as praças têm sido aproveitadas até tarde. Ainda não há uma casa e a eminência de dormir na rua faz com que a busca incansável seja frustrante. Mais frustrante ainda é ter tempo para fazer essa busca em horas que deveriam ser dedicadas a crescer. "Já passa, já passa", mas os dias assim não passam e eu cá não gosto de me sentir inútil.

Às vezes pergunto-me se era mesmo isto. Julgava que sim. Às vezes pergunto-me se não deveria ser algo completamente diferente - mas não sei o quê. Sei sempre que sou precipitada nas super-análises constantes. Há que ter calma; há que dar tempo ao tempo.

No outro dia alguém me disse "odeio escrever". E eu pensei ser a frase mais violenta dos últimos tempos. A verdade é que eu não tenho escrito também, por muito que teime que gosto muito. E muitas vezes sinto que já não sei. Que perdi o estilo, que deixei de saber escrever sobre mim ou sobre o geral. Se calhar, por me ter desleixado, o escrever odeia-me. Eu continuo a insistir que gosto muito. Ainda que não o faça.

Já me surgem gargalhadas rápidas de quem não precisa de tempo para processar a piada, já tenho o meu lugar também, sou uma peça que acredito que encaixa, como dizem. Mas ainda falta um bocadinho, falta aquele empurrão final para a peça ficar realmente no sítio.

Fiz 26 anos no outro dia. Foram diferentes e continuo a dizer que ainda tenho 25. Se calhar faltou a festa, se calhar é por isso! E por vos sentir a todos tão longe quando na verdade estão só uma hora e meia.

Tenho de escrever mais.
Nem que seja para mim.

Quem sabe num terraço com vento quente ao final do dia.
Quem sabe num quarto com uma varanda e muita luz.
Eu ainda não sei.

Espero que alguém saiba e que faça tudo parte do plano.

Começou a trovoada! O meu mês preferido foi dos melhores, mas faltou-lhe muito o sol. 
Que sejas bem vindo, Junho! E que o tragas contigo, que sabes que o quiero mucho.
Aí serei mais animada!
(Que sou e ando. Mas quando preciso mesmo de escrever é quando está cinzento em todo o lado e acaba por ser isso que se torna público.)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Orgulho!

Ter orgulho é sentir o frio na barriga, é comover-me por ver o sucesso, é bater muitas palmas, sorrir muito e dar uns gritos também!
É sentir-me parte do processo e ainda assim ser surpreendida, é achar que foram os melhores e o melhor em tudo.
É partilhar a sensação de trabalho bem feito, a calma e peito cheio posterior.

Ter orgulho nos outros é do melhor!
Porque é reconhecer a conquista, é estar lá para partilhar a festa.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Se me aproximar


e querer morrer de amor nunca é historia de outro tempo
mas se formos novos de novo
mas se formos juntos
vamos poder respirar.

terça-feira, 6 de maio de 2014

34 horas em Lisboa

34 horas em Lisboa dá para tanta coisa que até parece impossível!

Dá para uma ida falhada aos Pastéis de Belém que estavam fechados. Dá para um final de noite no sofá com a família toda encavalitada. Dá para dormir na minha cama, estranhar o barulho da rua e estranhar o barulho que não se ouve de dentro de casa. Dá para sumo de laranja natural e pão de sementes com queijo fresco preparado pelos papás.

Dá para estar sozinha em casa, focar-me nos preparativos para o próximo fim-de-semana e vestir roupa de Verão. Dá para conduzir o meu saudoso jipe até uma piscina alheia para um reencontro com a boa culpada deste mês recheado, que sabe a como se nos tivéssemos visto na noite antes. Deu para um mergulho fresquinho ainda ao começar da tarde.

Dá também para almoçar a correr, porque 34h é muito mas não há tempo a perder. Dá para passear por Telheiras de geleira na mão antes de começar a melhor despedida de solteira até ao momento. Dá para reencontros de todas as emigrantes e para encontrar amigos de sempre pela rua. Dá para uma sessão de fotos que só acabou quando o dia mudou. Dá para um saltinho ao moinho da Praça Central e para entrar em histeria com o mini-bus que nos esperava.

Dá para incluir o Ívan e o Marco em algumas das nossas palhaçadas. Dá para caixas amarelas que nos levaram a todos os cantos da cidade. Dá para comer mini pastéis de nata na Av. de Roma, receber conselhos de casamento e seguir para o maravilhoso miradouro das Portas do Sol. Dá para encontros com outras gentes festivas, dá para serenatas e para voltar a encher a geleira.

Dá para muitas fotos e um próximo destino delicioso. Dá para o melhor pôr do sol dos últimos tempos no único Miradouro de Nossa Senhora do Monte. Dá para um saltinho ao Outjazz antes da fome chegar e irmos comer ao melhor terraço de Santos. Dá para perguntas, dá para acalmar, dá para contar segredos e entender o que nos une a todas. Dá para irmos dançar em bares idiotas, em que entramos só porque temos uma noiva connosco! Dá para chegarmos ao Cais do Sodré quase sem voz, mas não parar de cantar com os estrangeiros desafiados.

Dá para dançar até o Liverpool fechar e depois até fechar o Jamaica. Sempre felizes, sem voz, sorridentes. Dá ainda tempo para um duche rápido, para um pequeno-almoço com o sol a brilhar e para uma hora de tortura no aeroporto antes do avião chegar.

34 horas em Lisboa que pareceram 5 e pareceram mil. Em que deu vontade que vivêssemos todas ali, todos os dias.
Mas que souberam a casa e a amizade de verdade, que ultrapassa outros níveis quando se mistura família e se misturam certezas.

Gosto de vocês! E para a semana há mais!

sábado, 3 de maio de 2014

3 meses de Barcelona dia 3

3 meses de Barcelona dia 3.
3 viagens de avião (2 a Lisboa, 1 a Dusseldorf).
3 idas à praia (2 de bikini, 1 de camisola).
3 feriados e 3 semanas de trabalho (quase completas).
3 visitas (2 visitas inteiras e dois meios).

Posso jogar com os números, mas Barcelona ainda joga comigo. Ainda me dá e tira, ainda me conquista e faz duvidar. Ainda não sabe a verdadeira casa e faz-me sentir confusa a saber quando chegará esse momento.

A casa é casa - mas vai ter de deixar de ser.
A Primavera chegou, mas o Bicing ainda não. (Afinal sim!!)
O amor existe, mas o tempo é pouco. Mas já por pouco tempo!
O trabalho parece bem, mas estes inícios são confusos e chatos.
O espanhol já o sei bem, mas ainda sou tímida às vezes.

O tempo passa a correr, mas segue o ritmo normal. Já estamos em Maio, o meu mês preferido! E dentro de 3 semanas faço 26 anos!

Comprei um chapéu, um batom, umas sandálias. Abri uma conta no banco, tenho número de identificação espanhol e o tarifário mais barato que encontrei. Tenho business cards como nunca tive.

Temos dois peixinhos laranjas! O maior é frenético e o pequenino (que acho que é uma menina) é mais calmo. Dormem muito! E ainda não têm nomes.

E hoje estou em Lisboa! Como grupo que não se reunia todo há talvez 3 anos. 

Hoje é dia 3 do mês 3 em Barcelona.
E estou em casa a recuperar energias. Estava a precisar!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Saudades

Há dias, como estes fins-de-semana grandes, em que tenho saudades de Portugal. Da comida, das ruas, da família, das pessoas, da vida. Há dias em que me esqueço da revolução que foi estar aqui e o que já consegui, porque já me parece tudo óbvio. Há dias em que me esqueço do quão sortuda e lutadora tenho sido. Acho que é normal, há dias de saudades mesmo...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Torre de babel

Estar na praia e ouvir inglês, francês, italiano e catalão dependendo da coordenada.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Obrigada!

É agora! Pronta?
A vida vai mudar neste dia de sol!
Confia.
Sorri. Enche o peito. Acredita. Sorri. Ombros para trás e já está! :)
Obrigada universo pela oportunidade!
Obrigada!
Sorri!! Vamos lá! :)

A vida é bonita!
A vida é bonita!
A vida é bonita!

E o sol! Bom sol!

Vamos a isto!!! :)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Declarações de amor

Eu senti o ar a mudar, quando saí da aula de teatro no outro dia. Passei a sentir-me bem nas ruas, sem necessidade do aconchego do lar. Senti-me bem no ar quente, no sol que dura mais tempo, nos planos, nas pessoas que se têm cruzado. Quando o corpo começou a relaxar do exercício, o sorriso estava grande. E a calma era imensa. 

Parecia que de repente tudo se tinha encaixado.

Nada em concreto, simplesmente a sensação de que estava tudo no seu devido lugar. Só aí é que a calma vem como veio. Neste fim-de-semana apaixonei-me finalmente por Barcelona, só porque me deixou ser feliz nela, só porque se abriram novas ruas e uma sensação de pertença, uma sensação de estarmos juntas nisto, com companhia, com planos, com descobertas.

Ontem, enquanto lia um livro ao sol no jardim, escrevi-lhe uma declaração de amor, a Barcelona. Inocente, só do coração. A agradecer-lhe ter-me dado a chance, ter-me deixado encontrar o meu lugar e a minha calma.

À noite, fez-me ela uma declaração. Mais camuflada, através de palavras dos outros, mas que podem significar grandes mudanças. Amanhã se verá.

Mas amor com amor se paga.
E eu gosto de Barcelona.

domingo, 2 de março de 2014

Bigger plan

Não questiones cada segundo. Não questiones o que estás a crescer, o que estás a aprender, o que estás a evoluir em cada segundo. Porque faz tudo parte de um plano maior, é um processo, e não o vais percepcionar porque tu é que o estás a criar e a ser a personagem principal. A defini-lo sem saberes como. Não questiones tanto que ficas sem respostas. Deixa que o bigger plan tome conta de ti.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Hoje.

Fui a 1 conferência das Creative Mornings.
Tive 2 entrevistas.
Fui a 1 exposição.
Comprei 2 t-shirts (sim, porque aqui já é Primavera e estão 18ºC durante o dia).
Andei 11,5km.
E ainda não são 18.30.

Vou dormir a sesta.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

10 dias de Barcelona

10 dias de Barcelona dá para muito. Dá para muito frio e calor. Dá para andar tanto que doem os pés, as pernas e as costas. Dá para tirar o mapa a cada 5 minutos e dá para já não precisar dele em algumas zonas. Dá para trocar números, para ir a exposições, para passear duas horas à beira mar sem intervalos. Dá para 4 entrevistas, dá para ter confiança e para a perder no segundo a seguir para a recuperar. Dá para começar a pensar em espanhol e para todos os dias ter noção que não sei hablar nada de jeito. Dá para cozinhar muito, para dormir muito e para aprender também. Dá para me apaixonar pela arquitectura e para querer tirar fotografias em todo o lado em que os meus olhos pousam.

Já percebi que és uma sacana, Barcelona. Não te dás facilmente, não és fácil nem disponível. Dás tudo, tens tudo, mas pões-me à prova todos os segundos. Tens alturas em que me tratas muito bem, em que tudo corre bem, mas em que num segundo surge uma má notícia que me faz desanimar e querer fechar-me um pouco no meu canto. Mas antes de me dares tempo para isso, para me zangar contigo, vens com uma boa notícia, para garantires que não me perdes. E aí logo me ganhas na totalidade outra vez! E voltamos a ser amigas. Já percebi que não és fácil. Mas eu vou conquistar-te e provar-te que mereço que sejas minha amiga. E vais ser tu que não me vai querer perder.