terça-feira, 6 de maio de 2014

34 horas em Lisboa

34 horas em Lisboa dá para tanta coisa que até parece impossível!

Dá para uma ida falhada aos Pastéis de Belém que estavam fechados. Dá para um final de noite no sofá com a família toda encavalitada. Dá para dormir na minha cama, estranhar o barulho da rua e estranhar o barulho que não se ouve de dentro de casa. Dá para sumo de laranja natural e pão de sementes com queijo fresco preparado pelos papás.

Dá para estar sozinha em casa, focar-me nos preparativos para o próximo fim-de-semana e vestir roupa de Verão. Dá para conduzir o meu saudoso jipe até uma piscina alheia para um reencontro com a boa culpada deste mês recheado, que sabe a como se nos tivéssemos visto na noite antes. Deu para um mergulho fresquinho ainda ao começar da tarde.

Dá também para almoçar a correr, porque 34h é muito mas não há tempo a perder. Dá para passear por Telheiras de geleira na mão antes de começar a melhor despedida de solteira até ao momento. Dá para reencontros de todas as emigrantes e para encontrar amigos de sempre pela rua. Dá para uma sessão de fotos que só acabou quando o dia mudou. Dá para um saltinho ao moinho da Praça Central e para entrar em histeria com o mini-bus que nos esperava.

Dá para incluir o Ívan e o Marco em algumas das nossas palhaçadas. Dá para caixas amarelas que nos levaram a todos os cantos da cidade. Dá para comer mini pastéis de nata na Av. de Roma, receber conselhos de casamento e seguir para o maravilhoso miradouro das Portas do Sol. Dá para encontros com outras gentes festivas, dá para serenatas e para voltar a encher a geleira.

Dá para muitas fotos e um próximo destino delicioso. Dá para o melhor pôr do sol dos últimos tempos no único Miradouro de Nossa Senhora do Monte. Dá para um saltinho ao Outjazz antes da fome chegar e irmos comer ao melhor terraço de Santos. Dá para perguntas, dá para acalmar, dá para contar segredos e entender o que nos une a todas. Dá para irmos dançar em bares idiotas, em que entramos só porque temos uma noiva connosco! Dá para chegarmos ao Cais do Sodré quase sem voz, mas não parar de cantar com os estrangeiros desafiados.

Dá para dançar até o Liverpool fechar e depois até fechar o Jamaica. Sempre felizes, sem voz, sorridentes. Dá ainda tempo para um duche rápido, para um pequeno-almoço com o sol a brilhar e para uma hora de tortura no aeroporto antes do avião chegar.

34 horas em Lisboa que pareceram 5 e pareceram mil. Em que deu vontade que vivêssemos todas ali, todos os dias.
Mas que souberam a casa e a amizade de verdade, que ultrapassa outros níveis quando se mistura família e se misturam certezas.

Gosto de vocês! E para a semana há mais!

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