segunda-feira, 7 de abril de 2014

Declarações de amor

Eu senti o ar a mudar, quando saí da aula de teatro no outro dia. Passei a sentir-me bem nas ruas, sem necessidade do aconchego do lar. Senti-me bem no ar quente, no sol que dura mais tempo, nos planos, nas pessoas que se têm cruzado. Quando o corpo começou a relaxar do exercício, o sorriso estava grande. E a calma era imensa. 

Parecia que de repente tudo se tinha encaixado.

Nada em concreto, simplesmente a sensação de que estava tudo no seu devido lugar. Só aí é que a calma vem como veio. Neste fim-de-semana apaixonei-me finalmente por Barcelona, só porque me deixou ser feliz nela, só porque se abriram novas ruas e uma sensação de pertença, uma sensação de estarmos juntas nisto, com companhia, com planos, com descobertas.

Ontem, enquanto lia um livro ao sol no jardim, escrevi-lhe uma declaração de amor, a Barcelona. Inocente, só do coração. A agradecer-lhe ter-me dado a chance, ter-me deixado encontrar o meu lugar e a minha calma.

À noite, fez-me ela uma declaração. Mais camuflada, através de palavras dos outros, mas que podem significar grandes mudanças. Amanhã se verá.

Mas amor com amor se paga.
E eu gosto de Barcelona.

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