quarta-feira, 20 de abril de 2011

cru

Os fins de tarde com luz, sem nada para fazer, para ocupar a cabeça, a alma, o cansaço
a mente está vazia, é dona, é só ela, o resto é longe, é magia, é irreal
não existe
é só ela nestes fins de tarde em que parece que a vida pára
pára nela própria, não existe
não há vida
não há gente, não existo eu
só o nada, nos fins de tarde com luz que são como antigamente
onde eu ainda estava para ser o que não era para ser então o que sou

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