sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Alameda

Só tenho duas coisas na cabeça. Noite e dia. Acordo e penso nas duas ao mesmo tempo, em nada em especial, mas nelas, que me invadem. Durmo com elas, durmo mal por elas, pouco, entusiasmada, expectante. Ansiosa. Que chegue, finalmente!, o momento.

Aquele esperar consciente, mas racional, que faz com que os passos não mudem, mas que na Alameda me fizeram olhar à volta - discretamente, claro! - várias vezes. Na expectativa. Foi de um e de outro. Mas é que existia tanto a possibilidade de me cruzar ali. Foi noutros sítios, afinal. Mas a Alameda tem sempre o seu potencial de causa...

As duas coisas vão adormecer comigo hoje. Já aqui estão, não me largam o coração e o ser, um segundo quase que seja. É a presença.

Amanhã agarro uma. Com garras.
A outra logo se vê.

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